A humanidade
vive o fenômeno da globalização e o que acontece em qualquer lugar do planeta
repercute nas economias em escala mundial, e com o uso da informação em tempo
real pelas ferramentas tecnológicas, um acontecimento local, em fração de
segundos, deixa em pavorosa os mercados em todos os continentes.
No último
sábado (14) drones atacaram instalações da Aramco e Abqaiq na Arábia Saudita,
fato esse que agitou os noticiários e o mercado financeiro, sobretudo em razão
da posição da Arábia Saudita em produção de petróleo, a saber, segundo maior
produtor do mundo ficando atrás apenas dos Estados Unidos.
Traduzindo os
efeitos dos ataques em números da segunda-feira (16) temos o seguinte resumo:
- Queda de 5,7 milhões de barris (5 a 6% da produção mundial);
- A queda na produção, a análise de riscos, a especulação, imediatamente provocaram 14,6% de aumento no preço do barril (Brent);
- Índices importantes (a exemplo do Nasdaq) fecha em queda;
- A boa notícia é para as ações da Petrobras que subiram 4,39%, fechando em R$ 28,06.
Mas o que isso tem a ver com seu pãozinho
do café da manhã?
É do petróleo
que se extrai a gasolina e o óleo diesel, matrizes energéticas para a produção
e ao mesmo tempo insumos para a logística. Se a produção do petróleo não for
logo restabelecida seu preço terá cotação cada vez mais elevada.
Desde 2017 a
Petrobras adotou a política de preços baseada nas cotações internacionais, ou
seja, embora ontem (16) a empresa tenha dito que não pretende aumentar preços,
em um cenário de continuidade da combinação baixa da produção X elevação da
cotação é inexorável o aumento de preço da gasolina e do diesel.
Vindo a
aumentar o preço desses combustíveis dois elos da cadeia produtiva são
imediatamente afetados: a produção e a distribuição, o que pode tornar o
pãozinho, bem como, outros itens mais caros.
E é assim que um ataque com drones lá na
Arábia Saudita passa a ter tudo a ver com seu pãozinho do café da manhã.
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Fonte: autoral.
Imagens: Google
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ResponderExcluirO finado Enéias falava corretamente: somos uma nação rica!
ResponderExcluirO mal de não possuir uma política de independência da produção industrial, paralelo a um protecionismo que valorize a produção local (ao ponto de nosso produto interno ter competitividade com o produzido em outro país), nos faz refém de itens chaves da cadeia produtiva.
Se um dia levantarem muros nas fronteiras, com portões altos, nada passando por cima para espiar, é certo que o Brasil viveria muito bem e obrigado.
Forte abraço Prof. Sivaldo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir*Parabéns 👏👏👏
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